martedì 28 aprile 2009

uhm

La professoressa di Cultura dos Paises de Lingua portuguesa ha senza dubbio problemi con l'alcool, e sarei pronta a scommettere sul fatto che fa colazione con il gin tonic; la ragazza che segue il corso e che spesso indossa una felpa con fantasia tappezzeria si addormenta frequentemente dopo 30 minuti di lezione, a faccia in giù sul quaderno, e quando si sveglia sembra centrifugata; il momento saliente delle due ore è stato un intermezzo su GIGHLIOLA CINQUETI con tanto di video di iùtiùb, con la poverina che con voce da trans bofonchia che non ha l'età, e vuole vivere il suo amore romantico (illusa!).
Nel panorama surreale stamattina mancava solo lo Stregatto di Alice.

La bella notizia della settimana è che Jerome e Cecca son tornati di gran carriera per un paio di settimane lisboete, e all'improvviso mi sono trovata a novembre, con le facce giuste al posto giusto, con l'energia che mi ricordavo così bene.

Dall'Italia, nel frattanto, mia mamma mi raccomanda di stare tappata in casa per non contrarre la febbre dei maiali, e a me viene l'ansia (..ma non posso chiudermi in casa!).. non posso non notare che la caratteristica tragicità che scorre nelle vene di mia nonna e delle sue sorelle è ben presente anche nel DNA di mia madre, e quindi mi preparo al peggio: essere così anche io tra qualche decade!

venerdì 17 aprile 2009

Sentada na minha mesa italiana, no lusco-fusco eléctrico da luz do quarto, começo sem querer a pensar na vida que vou deixar, aquela tão perto do oceano imenso; a palavra "saudade" sai logo na cabeça, e a seguir, a sensação de confunsão típica de mim.
É isso mesmo que me traz a escrever nesta língua exótica, que já não é só o tópico de um exame, num junho quente na Italia.
É comunicação de todos os dias.
É amisade.
É rir a volta da mesa depois do jantar.
É perceber o som sibilante nas ruas, enquanto os velhotes com chapéu falam entre si.

As subidas impossíveis, os bolos fofos, a luz que não tem nada parecido no mundo enteiro, e o céu. O céu de Lisboa.
As paredes cheias de vida. As cores.
A expressão pessoal através de palavras que não me ensinou a minha mãe, e que no início nem pareciam naturais, dentro da minha boca estrangeira.
Pois é, minha querida cidade. Temos três meses para nos cansarnos, uma da outra. Mexeste o meu coração sensível.

Mas não é só isso.
Hoje, com a minha mão dentro da tua, amor em pel e carne, pensava também na necessidade de ficar contigo, muito tempo, sem interrupções, sem vôos, sem distâncias.
E este noventa dias portugueses que ainda tenho, parecem demasiados para não te ver, não te abraçar, não te beijar na nariz linda, sobre os olhos, e em todos os lugares disponíveis.
Tudo o que posso dizer, é que vais ser a minha salvação; daquí a pouco, vou acabar de acordar-me a baixo do sol do Portugal.. mas com certeza, um sol ainda mais luminoso vai esclarecer os meus dias.